Um dos princípios destacados pelo Governo Federal por meio da Secretaria Nacional de Juventude para a realização da primeira iniciativa que convoca os jovens a discutir políticas públicas é a busca da diversidade dos segmentos que representam o público jovem. Esse mosaico que compõe a juventude brasileira está expresso na 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventudes, que acontece durante essa semana, em Brasília, e reúne cerca de 2000 participantes.
É nesse sentido, que jovens dos movimentos sindical, estudantil, agrário, feminista, partidário, da diversidade sexual, ambientalista, religioso entre outros participam desse processo que vai orientar o governo em diversos assuntos. Na noite de segunda-feira, 28, cerca de 30 jovens evangélicos de vários estados brasileiros e diversos movimentos e igrejas se encontraram no evento para se conhecerem e trocarem experiências. O encontro foi animado pela Aliança Bíblica Universitária, Fale e participou a Pastoral de Juventude Evangélica do Conselho Latino Americano de Igrejas – CLAI, com os representantes evangélicos do Conselho Nacional de Juventude.
Os desafios colocados são priorizar temas que envolvem educação, trabalho, cultura, sexualidade, segurança, esporte, portadores de deficiência, drogas, povos e comunidades tradicionais, totalizando 22 grupos de trabalho temáticos.
Um outro desafio é a Proposta de Emenda à Constituição 138/03 que insere a juventude na Constituição Federal, reconhecendo os direitos sociais, econômicos e culturais dos jovens. A PEC foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Arlindo Chinaglia (Partido dos Trabalhadores), pelos jovens participantes da Conferência na quarta-feira, 30. O parlamentar se comprometeu a sensibilizar os líderes dos partidos no Congresso e colocar a pauta em apreciação.
Para o presidente do Conjuve, Danilo Moreira, a conferência fortalece os órgãos de juventude. “Ao final da conferência teremos uma sociedade mais informada e atenta”, sinaliza. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que é evangélica, participou da abertura do evento. De acordo com a ministra é preciso uma interpelação ética para o futuro que queremos, reforçando a idéia de que é possível preservar com desenvolvimento ambiental. Para Marina, essas conferências estão dizendo que a juventude é a maior aliada do meio ambiente, e finaliza com aplausos da platéia declarando que “o Brasil pode se desenvolver sem derrubar uma árvore”.
A Pastoral de Juventude do CLAI participou do Conselho Nacional de Juventude no primeiro mandato 2005 - 2007, quando foi inaugurado o Conselho, e segue convidando os jovens das igrejas a terem voz ativa, e dialoga com outras redes, a exemplo da Rede Ecumênica de Juventude e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs.
por Thiago Machado.